Uma pedagogia do elogio

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“A capacidade de reconhecer e celebrar o bom desempenho dos alunos (ou dos professores), a prática de descobrir e valorizar as pequenas coisas que se fazem bem, a atenção às atitudes de humanismo, solidariedade e responsabilidade são os ingredientes fundamentais de uma boa relação pedagógica, preditora poderosa do sucesso educativo.” E uma pedagogia do elogio é tanto mais necessária quanto parece não ocupar grande centralidade nas práticas educativas. A censura e a sanção, as chamadas de atenção face a comportamentos indesejáveis são muito mais frequentes do que as práticas de saudação, de gratificação e de elogio. Nesta construção de uma pedagogia do elogio retenhamos seis princípios estruturantes: Princípio da oportunidade – o sentido de oportunidade é muito importante quando se pretende reforçar positivamente determinada ação ou resultado. Deve ser na hora certa que o elogio se enuncia e manifesta. Princípio da sinceridade – o elogio não pode ser forçado; quem o pratica tem de estar realmente convencido do mérito do que viu e agir então em conformidade. Um elogio mentiroso é contraproducente. Princípio da especificidade – quando elogia especifique o motivo da satisfação para assim reforçar positivamente o comportamento. Princípio da pessoalidade – elogiar frente a frente, olhos nos olhos; mas também nos trabalhos que os alunos realizam. Princípio da positividade – não estrague o elogio com um “mas” que o destrói; concentre-se nos elementos positivos da ação, “esqueça” os secundários menos positivos e guarde-os para outra oportunidade. Princípio da proatividade – use o elogio para reforçar positivamente a ação e para expressar expectativas elevadas para a realização das atividades futuras. Todos os dias poderemos encontrar reais motivos para elogiar. E seremos melhores fazendo os outros acreditar nas suas potencialidades. São pequenos gestos, pequenos passos que muito podem significar. J. M. Alves