Mafalda Chenrim O Conde de Monte Cristo é um clássico escrito por Alexandre Dumas, lançado no século XIX, em França. O enredo centra-se à volta da vida de Edmund Dantès, um marinheiro de 19 anos que é falsamente acusado de ser um espião de Napoleão. Na sequência da acusação, é aprisionado, sendo obrigado a abandonar a sua noiva e o seu pai. Essa incriminação foi planeada por três personagens: Danglars, Fernand e Villefort. Aprisionado, Edmund conhece o Abade Faria, outro prisioneiro, e tornam-se grandes amigos. O Abade ensina-lhe vários saberes e, ao morrer, deixa toda a sua riqueza a Dantès, o que lhe possibilita vingar-se das três pessoas que o denunciaram. Em primeiro lugar, esta obra integra múltiplas personagens, o que torna o livro ligeiramente confuso. Para além disso, Edmundo Dantès, para não ser identificado enquanto concebe a sua vingança, assume vários pseudónimos, o que também contribui para um enredo mais complexo. Por exemplo, Dantès apresenta-se como Simbad, o Marinheiro, para que ninguém o reconheça. Ele ajuda Morrel, um antigo amigo, a sair da falência, comprando o seu barco e oferecendo-lho, em lembrança dos tempos antigos e, simultaneamente, oferece o dote à sua filha. Em segundo lugar, apesar da extensão do livro, a sua leitura decorre fluidamente. O autor escreveu-o de tal forma para que o livro nunca se torne monótono, criando várias peripécias. Além do mais, o escritor desenvolve diversas intrigas entre as personagens menos importantes de uma maneira cativante, aumentando o seu nível de importância para o leitor ao deixá-lo curioso sobre o seu desenlace, como, por exemplo, a história de amor entre Valentina e o filho de Morrel. Esta narrativa tem um final feliz, todavia, antes de acontecer, ambas as personagens vivenciam várias adversidades. Em terceiro lugar, o escritor torna as personagens muito realistas e humanas, atribuindo-lhes características, boas e más, com que todas as pessoas se podem relacionar. Através deste livro, também podemos retirar alguns comportamentos e ideias mais ou menos favoráveis, podendo aprender ao mesmo tempo que conhecemos as personagens. Assim, como exemplo, o Conde de Monte Cristo mostra-se uma personagem determinada, ao nunca desistir da vingança, e esperançosa, pois, mesmo na prisão, nunca abdicou do seu desejo de fuga. Também se pode observar o exemplo de Villefort que, por muito que tenha acusado falsamente Dantès, fê-lo para proteger a sua família. Em conclusão, o livro Conde de Monte Cristo, apesar da sua complexidade e dimensão, revela ser uma leitura cativante e fluída. As personagens têm características muito reais, com as quais qualquer leitor se pode identificar. Além disso, a personagem principal apresenta-se confiante e decidida, podendo relacionar-se com outras personagens de livros da mesma época. Um clássico que se compara a esta obra é Os Miseráveis, onde a personagem principal, Jean Valjan, mostra as mesmas características que este protagonista, em situações menos vantajosas. Mafalda Chenrim, 10.ºT3