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“Não há dúvida de que a aprendizagem escolar exige trabalho, método, perseverança. E também não há dúvida de que a motivação não se prescreve, mas antes se gera através das práticas educativas que se desencadeiam no contexto escolar.”   Para que o trabalho individual que o aluno realiza se constitua como fator de motivação, importa considerar as seguintes variáveis:   1.     Que as tarefas, os temas e os problemas sejam relevantes para a vida presente ou futura dos alunos. A motivação nasce da visão, da compreensão, da perceção do uso pessoal e social dos conteúdos. 2.     As práticas devem centrar-se na aquisição de capacidades de compreensão, de exposição oral e escrita, de raciocínio, de uso e aplicação do conhecimento. A motivação gera-se, em regra, a partir do sentido prático que as ações podem assumir. 3.     Os roteiros da ação devem ter guiões específicos de forma a estruturar as atividades de aprendizagem. 4.     As atividades (tal como os conteúdos) são estratégias de aprendizagem que visam desenvolver determinadas capacidades e competências e que importa explicitar e fazer compreender. 5.     As atividades requerem um pensar sobre o seu desenrolar, de modo a avaliar o êxito e o fracasso e aprender com ambos. 6.     Que o professor forneça um feedback específico, de forma a reforçar/consolidar as aprendizagens realizadas ou corrigir os aspetos não conseguidos. 7.     A promoção da auto e heteroavaliação como forma de ativação do conhecimento e de regulação das aprendizagens.   Por outro lado, se avaliação convocar o pensar e o compreender, e não apenas o recordar; se indicar os modos de superação das insuficiências e das dificuldades; se valorizar a capacidade de autoavaliação; se os critérios de classificação forem claros, se centrarem nos progressos realizados (e não apenas nos produtos) e se convocarem diversos instrumentos de avaliação (não necessariamente de medida) (alinhados com as teorias das inteligências múltiplas), então, muito provavelmente, as práticas de escolarização estarão ao serviço das aprendizagens, da inclusão e da automotivação.   Fonte: Tapia (2005). Motivar en la escuela, motivar en la família . Madrid: Morata