| Poesia inesperada |

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| Poesia inesperada |
Deparei-me com este poema do Edoardo nas costas da autoavaliação de EMRC.
Pedi-lhe licença para partilhar para a Seara e ele acedeu de imediato. 
Estas crianças nunca deixam de me espantar! (Mónica Henriques)

Neve em queda lenta
Cai tão lentamente
Que o Sol receoso, espera
Que a caída branca assente.
 
Não está em queda lenta
No meu recôndito país quente
Só continua branca e fria
Num lugar longe da minha mente.
 
Como podia em queda lenta
Sentir o que o mundo sente
Se quando a lembro, vejo nela
Todas as cores do mundo ardente?
 
Só tu cais em queda lenta
Num sonho claro e por mais que tente
Nunca mais me esqueço dela
Coberta em branco, perdidamente
 
Edoardo Contente | 12.º T3