No intrínseco da questão não teria sido necessário ir tão longe para testemunhar algo que vivemos diariamente. Mas é exatamente por vivermos diariamente esta amizade que está viagem foi tão maravilhosa.
Com isto em mente, no dia 9 de fevereiro, o mítico coletivo Tufão partiu em direção ao Porto para, durante dois dias, viver, estar, agir e pensar assim, como coletivo, como família. A chegada bastou para repor as energias (daqueles que não cederam ao tesouro fotográfico que é o cansaço e o sono).
Apesar de sairmos na estação de metro (ou andante como lá lhe chamam) errada e estar a chover, continuamos “colina” a cima de mochilas às costas e malas pela mão até ao nosso destino. A chegada permaneceu curta, uma vez que, depois de quartos escolhidos e malas arrumadas, estávamos de novo a caminho, desta vez em direção ao Munchie para um animado jantar de família para afogar os Maus Hábitos. Nao esquecamos, claro, a paragem necessário perto do Majestic para o bem merecido docinho! No regresso, o convívio prolongou-se a um ajuntamento clandestino para dar as boas noites.
Dia 10, pequeno almoço seguido de um chapéu de chuva esquecido a caminho da Casa da Música, onde paramos para um merecido reforço dos “melhores croissants do Porto”. Na casa da Música exploramos as (quase) infinitas hipóteses de boomerangs de qualidade na sala laranja.
Continuamos o nosso caminho que apontava para Serralves. Na chegada à Casa de Serralves perdemo-nos por entre Miró e a sua arte de ver o mundo. Seguimos o sol até aos balões que nos deixam falar por cores, onde Philippe Parreno criou “A Time Coloured Space”. Com o terminar dos programas planeados, deixámos a nossa Lucía na estação e corrermos atrás do comboio, como num filme (quando Aveiro ficava a um passinho!) , continuando a viagem sempre com a sensação de que faltava alguém. Seguimos de novo para a Casa onde nos vestimos e arranjamos para um último jantar em família no Porto, que se tornou nosso naqueles dias, acompanhados de duas meias francesinhas e de DJ INEM, ali para salvar a festa!
O “sair” foi o mais difícil, uns queriam “eskadas”, outros só queriam sair da Ribeira. Acabamos nas galerias (sugestão- em francês!, brilhante da dupla Marta e Binha), onde dançamos (com uns “moves”, ainda por ensinar, da professora Isadora) e cantamos juntos. No fim da noite, vimo-nos gregos (uns talvez mais que os outros), dentro dos nossos Ubers para encontrar o portão da Casa Juvenil.
Por fim, chegara o (não) esperado dia 11 de fevereiro. O adeus ao Porto. E com o adeus, o arrumar das malas e o relembrar de histórias que pareciam ter acontecido há dois anos e não há dois dias. E mais podíamos contar, mas pactos não se quebram e o que acontece no Porto, fica no Porto!
Isabel Moreira, Marta Agreira e Maria Inês Paredes