Literatura Portuguesa. Tempo de criação.

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seara-3-literaturaAs aulas de Literatura Portuguesa têm contribuído para que os alunos desenvolvam a sua criatividade e adquiram a motivação e o gosto necessários para criar os seus próprios textos. Desta forma, pretende-se que, ao longo das semanas, a Seara e toda a comunidade educativa sejam convidadas a conhecer alguns dos textos que os alunos produzem.

O primeiro contributo pertence à Constança Coelho:

Era uma vez
(como em qualquer história, um princípio)

Nas ilhas de bruma nasci
Em Lisboa cresci
Criada sob ilusões
Sonhos e especulações
Tempos tranquilos que teimavam
Ou melhor,
Ansiavam pelos dias em que a lua lhes tocasse 

In Infância

Nada me preparou
Ninguém me avisou
Mas é disto que o mar é feito
Ondas que em mim rebentam
Anos, anos e anos se passam
Só a água nos ensina a crescer
(e a ela lhe agradeço)
A maré esvazia,
“ É o início do fim”, escrevi

In Adolescência

O meu nome é Constança. Gosto muito de viajar, conhecer o mundo, conhecer pessoas. Gosto (igualmente) do silêncio das noites de verão, de passear pelas ruas no outono, de sentir a chuva a cair no inverno e da esperança que a primavera nos traz. Não sei bem quem e como sou, mas, afinal de contas, quem sabe? Sempre me diverti imenso a representar e não há nada melhor do que sentirmos que alguém de quem gostamos muito nos está a ver no público. Cresci a ler revistas de moda e a experimentar diferentes roupas, personagens, personalidades. 
Sou a pessoa mais inconstante de sempre. Tenho também (e sei que me estou a contradizer) ideias demasiado bem definidas.

Esta fui eu, sou eu e (quem sabe) serei eu.
Fim de cena.

In UMA ESPÉCIE DE AUTOBIOGRAFIA

Constança Coelho | 11.ºH1