Prof. André Morais, Constança Canteiro e João Cabrita
Neste segundo período, o meu professor de História lançou o desafio aos alunos de realizarmos um trabalho de investigação sobre um familiar nosso que tivesse deixado uma marca importante na História do nosso país. Assim que escutei o tema deste trabalho, pensei imediatamente no meu avô materno.
Ao pedir ajuda para fazer este trabalho, o meu avô Raúl ficou muito entusiasmado. Na entrevista que fizemos em formato vídeo, o avô agiu como um verdadeiro profissional, partilhando a sua história de vida com grande detalhe e paixão. Falámos sobre a sua participação na Guerra do Ultramar (1961-1974), em Moçambique, onde serviu como piloto na Força Aérea Portuguesa, e sobre o seu estatuto de combatente. O avô explicou-me, passo a passo, desde o momento em que entrou para a tropa até às muitas missões de resgate que desempenhou, onde salvou várias vidas pilotando o seu helicóptero. O meu avô adorou falar sobre este tema, relembrando os momentos de grande tensão na guerra, mas também os momentos de companheirismo entre os soldados.
No final deste trabalho, aprendi imenso sobre a importância do meu avô na guerra, sobre as vidas que conseguiu salvar e os amigos que perdeu. Para mim, o mais fascinante foi a coragem que demonstrou durante todo este período tão difícil da nossa História e saber que ele e os seus companheiros conseguiram manter um ambiente de harmonia entre si, apesar das dificuldades que enfrentaram.
Constança Canteiro | 9.º C
Neste período desenvolvi na disciplina de História uma investigação sobre a história de vida do meu avô, que tem atualmente 84 anos. O meu trabalho tinha como tema central a Guerra Colonial Portuguesa, onde o meu avô participou como soldado em Angola. Como documentos históricos, utilizei as memórias vividas pelo meu avô e os documentos guardados por ele durante todos estes anos.
Foi uma tarde muito interessante, onde tive a oportunidade de partilhar histórias de família, sobre as quais não fazia ideia de existirem. Aprendi que todas as pessoas podem marcar o seu tempo, se assim desejarem.
Gostei muito da iniciativa do meu professor, pois, ao realizar este trabalho, senti que eu e o meu avô nos aproximámos ainda mais. Para além disso, acho que fiquei com uma visão mais realista deste momento da História de Portugal.
Obrigado por este desafio!
João Cabrita | 9.º A
Nesta quarta edição do projeto A História em Ação, os alunos do 9.º ano foram, novamente, desafiados a revisitar a sua memória coletiva familiar, percorrendo o longo e complexo processo de reconstrução do tempo histórico, repleto de interstícios marcados pelo natural distanciamento de uma época finissecular, mas que a memória, com pertinaz resistência, ainda consegue resgatar.
O resultado é o habitual: a descoberta dos alunos de interessantes factos, por vezes por si desconhecidos, sobre os contributos dos seus antepassados para a formação do país que hoje conhecemos e que temos o dever de conservar, enfatizando que todos somos convidados a contribuir para a vida comunitária, colocando ao serviço da sociedade os dons e as graças que recebemos.
Professor André Morais