Ida ao teatro: Farsa de Inês Pereira

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Clara Maia, Carolina Bachi e Inês Lencart

Na passada quarta-feira, 29 de janeiro, nós, alunos do 10. ° ano, fomos ao teatro A Barraca ver a representação da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, obra lecionada nas aulas de português.

Chegámos por volta das 9:30 e, como ainda era cedo, fomos convidados a esperar numa sala que proporcionava um ótimo ambiente, graças às cadeiras e mesas disponíveis para o convívio entre alunos e professores. Foi uma meia hora muito bem passada, perfeita para nos preparar para a peça entusiasmante que nos aguardava.

Trinta minutos depois, e já acomodados na sala de espetáculos, que trazia uma grande sensação de conforto e animação, as luzes foram desligadas e a peça pode começar. Imediatamente, fomos confrontados com o monólogo de Inês, onde, tal como na obra, esta se queixava da vida que levava… “Renego este lavrar!”, dizia a atriz que faz de Inês, com muita paixão. De facto, esta fez uma interpretação interessante do papel e a ambição e a ingenuidade da jovem foram definitivamente bem retratadas, devido à grande emoção da atriz.

Na verdade, e, apesar de todos os elementos do elenco se destacarem pela sua atuação, o personagem que, na minha opinião, mais sobressaiu foi, sem dúvida, o ator que interpreta o Escudeiro (Brás da Mata) que, com o seu carisma, tornou a peça algo único. De facto, desde que pôs os pés no palco, foi riso atrás de riso, tanto que até me tirou o “siso” – como diria Inês Pereira!

Importa também acrescentar que a peça estava muito fiel à obra, e que foi tudo como imaginei, desde o cenário -a casa de Inês- à caracterização das personagens. Um ótimo exemplo disto, foi a cena em que Pêro Marques, devido à sua simplicidade e ao seu caráter rústico, não percebia o que era uma cadeira e que, por isso, provocou nos alunos uma grande gargalhada. Outro momento a destacar foi o final da peça que fecha com a cantiga de Inês e Pêro Marques, que a carregava, mostrando com clareza o mote da peça “Mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube.”.

Em conclusão, esta experiência, que os professores de Português nos proporcionaram, foi fantástica e quer a excelente interpretação por parte dos atores quer a fidelidade à obra tornaram a ida ao teatro uma maravilha. Espero que se repita brevemente!

Clara Maia, 10.º E3

Farsa de Inês Pereira no Teatro “A Barraca”
No dia 28 de janeiro, as turmas do 10.º ano foram assistir à representação da fantástica obra Farsa de Inês Pereira no Teatro “A Barraca”, em Lisboa. Este texto dramático foi escrito por Gil Vicente, considerado o “pai do teatro português”, e tem como protagonista a jovem Inês Pereira.

Primeiramente, é de elogiar a belíssima interpretação das personagens por parte dos atores. A sua atitude eufórica chegou ao coração e despertou sentimentos diversos em nós, espetadores atentos, dando vida à obra representada. De facto, na realidade em que vivemos e na qual constatamos que se tem tornado dificílimo os jovens desligarem-se de coisas banais e prejudiciais e concentrarem-se em peças de teatro, filmes e discursos, foi notório que esta companhia de teatro conseguiu captar a nossa atenção e envolver-nos no espetáculo a que estávamos a assistir.

Além disso, a representação foi marcante também pelas interações dos atores com o público, presenteado com a franca proximidade do palco, pela utilização de um cenário simples e inalterado, assim contribuindo para a unificação da peça, e ainda pela constância do plano, fazendo com que sejam destacados os movimentos e atuações, o que não aconteceria se se mudasse o cenário – isso desviaria certamente a atenção da plateia. Realmente, hoje em dia, é de especial importância a realização deste tipo de encenação, pois as novas tecnologias, robôs e inteligências artificiais, que até são benéficas em certas situações, não seriam uma mais-valia neste caso.

Para finalizar, os dois aspetos mais marcantes foram a capacidade dos atores de conseguirem prender a atenção dos alunos e a sua interessante interpretação, levando, assim, a relembrar importantes situações da atualidade. Obrigada!
Carolina Bachi e Inês Lencart (10.° E4)