Na Assembleia da República

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Leonardo Lopes Imagine-se caminhando pelas ruas históricas de Lisboa, deixando para trás os Salesianos e partindo rumo à emblemática Assembleia da República. Nessa jornada do passado 19 de fevereiro, os alunos do 10.º H1 e 10.º H2 não apenas percorreram distâncias físicas, mas viajaram também na história de Portugal. À chegada fomos muito bem recebidos por dois agentes que nos direcionaram para a sala onde se daria início à visita guiada. Lá aprendemos que o edifício em que estávamos havia sido um mosteiro em tempos longínquos, desde o século XVI, e que a sala na qual nos inseríamos seria, na altura, o espaço da respetiva igreja. Ao subir a Escadaria Nobre , não só nos deparámos com a grandiosidade arquitetónica do edifício, mas também com uma representação das Cortes de Leiria, de 1254, convocadas pelo Rei Afonso III, a primeira vez em que o povo teve lugar de fala, com a participação de procuradores dos concelhos. Era como se as paredes falassem, contando as histórias e os feitos que moldaram a nação ao longo dos séculos. Entrando na Sala do Senado descobrimos que é utilizada para receber correspondentes internacionais e, assim, sentimos o peso das reuniões que ali têm lugar. Cadeiras vazias agora, mas que já foram ocupadas por figuras proeminentes da política. Na Sala dos Passos Perdidos o eco dos passos ressoava; passos estes que, como nos foi explicado, referem-se a uma altura na qual quem quisesse reunir com um deputado não marcava uma simples reunião, mas apareceria nesta sala e lá esperaria. Era um lugar de encontro, onde as divergências eram superadas em prol do bem comum. Finalmente, entrámos na imponente Sala das Sessões , onde os deputados da Assembleia da República se reúnem para deliberar e legislar. O ambiente solene nos envolveu, lembrando-nos da importância da participação cívica e do respeito pelas instituições democráticas. Ao sair da Assembleia da República, carregávamos não apenas memórias visuais, mas também um profundo entendimento do funcionamento do sistema político português. Aquela visita foi mais do que uma simples atividade educativa; foi uma experiência imersiva que nos conectou com a história e a realidade política do nosso país. Leonardo Lopes – 10.º H2