Carlota Fernandes e colegas A opereta conseguiu cativar todos, “miúdos e graúdos”, através da abordagem cómica, que mistura aspetos atuais com a análise do passado. Permitiu-nos aumentar os conhecimentos, refletir sobre a vida quotidiana no Minho, o empoderamento das mulheres, o aumento de impostos, as leis da saúde e o anticlericalismo, dando umas boas gargalhadas. MARIA DA FONTE é o segundo título recuperado pelo Laboratório de Ópera Portuguesa, criado em 2022 e sediado no CCB. Direção musical e edição de partitura do Maestro João Paulo Santos, libreto moderno e encenação de Ricardo Neves-Neves. Colaboração da Orquestra Sinfónica Portuguesa, de Solistas e Coro do Teatro de S. Carlos e atores do Teatro do Elétrico. No passado dia 14 de novembro, a turma de Humanidades do 11.º ano efetuou uma visita de estudo ao Centro Cultural de Belém, com o intuito de assistir à opereta Maria da Fonte, relacionada com o estudo das revoluções liberais, em História. A opereta conseguiu cativar todos, “miúdos e graúdos”, através da abordagem cómica, que mistura aspetos atuais com a análise do passado. Permitiu-nos aumentar os conhecimentos, refletir sobre a vida quotidiana no Minho, o empoderamento das mulheres, o aumento de impostos, as leis da saúde e o anticlericalismo, dando umas boas gargalhadas. Carlota Fernandes Fomos acompanhados pela Professora Paula Bessa e pelo Professor Manuel Almeida, que sugeriu esta visita. Foi uma experiência excelente, diferente do habitual e, provavelmente, muitos de nós não iríamos se não fosse organizado pela escola. Beatriz Lourenço Para além de cómica, a opereta foi muito informativa, pois não conhecia esta história. Frederico Leonardo Ao longo do espetáculo recorre-se a personagens e situações cómicas, de modo a satirizar aspetos da sociedade e da política de meados do século XIX, em Portugal. A veracidade histórica, a música e a representação conjugaram-se muito bem, tornando a opereta bastante interessante. Leonor Calvão Silva Gostei imenso, não só por ser a primeira vez que assisti a uma opereta, mas também por nos ter dado a conhecer uma figura da nossa História. Madalena Pinto Tal como referido na apresentação da opereta, a Maria da Fonte foi representada como “uma mulher intensa, corajosa” que, apesar de não se revelar com a força e convicções de Joana d´Arc, não abdica da sua “consciência social”. Maria Garcia A junção de factos históricos com aspetos da atualidade foi executada na perfeição, proporcionando a aprendizagem do papel das mulheres num evento importante da História de Portugal. M.ª Francisca Pitschieller Na minha opinião, a opereta foi extremamente interessante na medida em que, sendo um teatro cantado e cómico, possibilitou que ficássemos mais atentos ao desenrolar da ação sobre uma consequência da lei de proibição dos enterros nas igrejas, imposta por Costa Cabral. M.ª Leonor Pereira A opereta Maria da Fonte é uma celebração da cultura e da História de Portugal, enaltecendo a força e a determinação das mulheres, lideradas por uma “heroína popular” que nunca desistia de nada do que se propunha. Matilde Feio Esta peça superou as minhas expetativas pelo facto de apresentar características históricas e da atualidade do nosso quotidiano de forma cómica, o que a torna tão interessante. O autor do libreto arriscou, mas fez um ótimo trabalho. Matilde Miranda A sessão para alunos do ensino secundário, seniores, pessoas surdas, cegas ou com baixa visão mostrou que, apesar das diferenças de idade e de circunstâncias de vida, estávamos interessados em ver a peça. Pelos risos e palmas da plateia tenho a certeza de que todos a consideraram divertida. Rita Gallo A deslocação ao Grande Auditório do Centro Cultural de Belém teve como objetivo assistir à opereta em cena, que retratava a revolta da Maria da Fonte, um acontecimento de 1846. Em termos históricos foi uma revolta de mulheres da zona da Póvoa de Lanhoso, no Minho, contra as reformas do ministro Costa Cabral, chefe de governo no reinado de D. Maria II. O texto da opereta original tinha-se perdido, mas foi reescrito para também se poderem fazer críticas a assuntos atuais. Assim, esta ida ao teatro torna-se mais agradável e faz com que o público queira voltar. Rodrigo Monteiro Para ouvir: Hino do Minho OU da Maria da Fonte – letra de Paulo Midosi e composição de Angelo Frondoni. Estátua da Maria da Fonte no Jardim da Parada, em Campo de Ourique.