Os Salesianos não são uma escola perfeita, aliás, como nada neste mundo. Mas, é sim, a minha casa há 11 anos. Para o bem ou para o mal, foi aqui que passei a maior parte da minha vida. E essa foi talvez das melhores decisões que tomei. Não há melhor que sentir o carinho desta segunda família, sentir-me encaixada.
Hoje tenho memórias. Os anos passaram e guardei todas as boas memórias. Memórias dos melhores anos da minha vida, de relações que ficam para sempre, de professores que sem dúvida me marcaram e uma certeza de que fui muito feliz.
O ano que passou foi talvez o ano mais desafiante que tive na minha vida. Cheguei ao mundo dos crescidos, o secundário, já via a meta. Cheguei cheia de expectativas e certezas quando de repente me deparo com milhares de situações imprevistas, com os quais não soube lidar. Afinal eu não sabia nada. Foi um ano difícil e de grande choque, mas digo com toda a certeza que foi o melhor ano da minha vida. Foi aquele em que cresci como nunca e olhei para a minha vida como nunca tinha olhado. O problema não é estar em Ciências, com uma carga horária pesadíssima, e cansada até às pestanas, porque essa responsabilidade eu assumi no primeiro dia do 10º ano e com toda a certeza que iria ser um esforço bem compensado no Futuro. Para mim, o grande problema, foi conseguir encaixar todas as minhas necessidades, com obrigações e lazer.
Por isso, as minhas expectativas não são as típicas de uma pessoa que volta as aulas. De todo. Quero viver este ano, sabendo que não vai ser fácil, com a maior felicidade e tranquilidade do mundo e viver um dia de cada vez, sempre com o lema deste ano presente na minha cabeça. Deus está comigo, tem planos para a minha vida e, com ele, consigo o impossível.
Vera Duarte | 11 T2
