Catarina Almeida
Sempre me perguntaram o que queria ser quando crescesse. As respostas foram acompanhando a “desinocência” do crescimento – já quis ser princesa, bailarina, astronauta… Contudo, quando já dizia que era uma “menina crescida”, passou a haver uma constante: a medicina. Foi então que o meu interesse pela área da saúde foi despertado pela comunhão harmoniosa entre a ciência e o auxílio daqueles em necessidade. Porém, é uma realidade com a qual só temos contacto quando a ela recorremos e, regra geral, estamos do lado do doente.
Por isso, participar no curso “SimSchool PreMed”, organizado pelo “Hospital da Luz – Learning Health Training Research & Innovation Center”, entre os dias 25 e 27 de março, foi uma experiência inolvidável de crescimento pessoal que se mostrou muito gratificante.
De forma fugaz se passaram 3 dias no centro de simulação do Hospital da Luz, durante os quais 20 alunos, futuros médicos, enfermeiros e investigadores, contactaram com o dia a dia de um profissional de saúde. Foi-nos ensinado desde competências não técnicas (como a importância do trabalho em equipa, a gestão de pacientes e colegas, entre outros) a competências técnicas que pusemos em prática em situações simuladas. Experimentámos dar consultas, com doentes simulados e fazer a sua história clínica, tratar um doente na unidade de cuidados intensivos, técnicas de reanimação neo-natal e tratamento do doente pediátrico urgente, suporte básico de vida, abordagem a doentes urgentes e emergentes e técnicas de cirurgia com realidade virtual (até fizemos um parto! Simulado, claro). Já sem o véu da simulação, visitámos algumas unidades do hospital da Luz – cuidados intensivos, cuidados intermédios e intensivos de pediatria e urgências.
No último dia, deslocámo-nos até à Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa e, orientados pelos estudantes, visitámos as instalações e esclarecemos alguns receios e anseios relativamente à entrada na faculdade.
Para além da medicina, conheci pessoas fantásticas que tornaram a experiência ainda mais especial. É, de facto, único testemunhar como um interesse em comum pode aproximar tantos jovens tão díspares!
Em suma, estou profundamente grata por esta oportunidade de aprender e conhecer um pouco mais sobre o mundo da medicina. Por isso, deixo um agradecimento especial às professoras Marta Mota e Patrícia Silva, que deixaram os meus olhos a brilhar e me puseram um sorriso no rosto quando me propuseram esta atividade.
Quando agora me perguntarem o que quero ser quando crescer responderei: quero ser feliz e quero ser médica!
Catarina Almeida 11ºT3