Entrevista ao elemento Zévijo João Pinho:
Porque é que te inscreveste nas Olimpíadas da Química?
Eu sempre gostei de Físico-Química e tenciono ir, no 10ºano, para Ciências e Tecnologias. Achei que seria engraçado ver uma outra perspetiva sobre a Química. Além disso, também pensei que seria interessante ir ao Técnico fazer experiências e explosões num laboratório, entre outras atividades. Acabei por gostar bastante e concretizei alguns desses sonhos.
Como foi o dia das Olimpíadas?
Após acordar cedo num sábado, fomos para uma das melhores universidades do país e as provas começaram às 10h 30min. Começámos por ter uma prova teórica de uma hora, com 19 perguntas, seguida de duas provas práticas de 25 minutos cada. Uma destas era, basicamente, outra prova teórica, mas com menos tempo e apenas 7 perguntas. A outra era num laboratório, onde juntámos substâncias, analisámos experiências e manuseámos os instrumentos de laboratório. Seguiu-se o almoço na cantina e uma palestra sobre o Técnico num auditório, que acabou com a entrega de prémios.
Como foi ser premiado?
Foi uma surpresa agradável para nós os três pois não estávamos à espera. Também foi bastante hilariante o facto de que ninguém sabia dizer o nome da nossa equipa, tendo o auditório todo começado a rir antes de bater palmas. Sinto-me feliz, não só pelos prémios que ganhei, como por ter recebido o lápis com que estou a escrever esta mensagem e a medalha, mas também porque sinto que consegui alcançar o objetivo de ir às Finais Nacionais.
Testemunho do elemento Zévijo José Maria Duarte
Quando me surgiu a oportunidade de participar nas Olimpíadas da Química, pensei “Porque não?”, não perdia nada e, ainda por cima, gosto bastante de Química.
Fiquei muito contente por ter sido escolhido para ir às semifinais das olimpíadas e, quando chegou o dia, estava muito nervoso, mas entusiasmado porque queria mesmo ganhar e passar à próxima fase.
Trabalhámos bem em equipa e pensámos em todas as respostas, pois sem isso era impossível passar.
Depois, chegou a altura de saber quem ia ganhar. Estávamos todos ansiosos a pensar que não íamos ganhar e, quando ouvimos o nosso nome, ficámos muito contentes e entusiasmados.
Este prémio fez-me perceber que podia chegar mais longe e que queria mesmo ser selecionado para as provas internacionais.
Testemunho do elemento Zévijo Vicente Megre
O que me incentivou a entrar nesta aventura foi a paixão por desafios conjugada com uma das minhas matérias preferidas. Para além disso, como no ano passado participei nesta competição, a vontade de repetir a experiência era muita.
O dia começou cedo, a ansiedade era muita e tudo passou a correr. Por volta das dez horas, encontrámo-nos no Instituto Superior Técnico e a recolha dos cartões de identificação fez-se rapidamente e, meia hora depois, iniciou-se a prova.
A qualidade da prova foi definida pelo espírito de equipa que esteve presente desde o momento em que o nome da equipa foi escolhido. O sucesso da prova ficou também a dever-se, sem dúvida, aos momentos de preparação que a antecederam. Obviamente que a boa disposição e o gosto pela química contribuíram para a aproximação do grupo.
Acabada a prova, o almoço foi rápido e seguiu-se uma pequena apresentação que incluiu temas desde ovos em vinagre até à fosforescência. E, após finalizada a apresentação, seguiu-se o momento de conhecer o vencedor.
Ganhar era o objetivo e esteve sempre presente nas nossas cabeças. O terceiro e quarto lugares passaram, agora sabíamos que já só nos restavam duas hipóteses. Passado o segundo lugar, as expetativas baixaram, até que a responsável disse que o primeiro lugar tinha uma prova perfeita. Nesse momento, olhámo-nos, com ar desiludido, quando, de repente, ouvimos o nome da nossa equipa, que, devido à sua singularidade, causou risos, mas tal não nos importou, e, ainda duvidando, levantámo-nos para receber os prémios.
Aquele foi um dos momentos mais intensos e inesperados da minha vida, visto que, no ano anterior, não tinha ganho. Ainda repleto de hidrocarbonetos e fórmulas químicas, a minha cabeça foi agora invadida por algo novo: a felicidade! E, devo confessar, que sensação maravilhosa, esta!