| São alunos. São pessoas. São filhos |

> Seara > | São alunos. São pessoas. São filhos |

seara_17_06Não basta pensarmos que determinado projeto é bom, é necessário termos a certeza que é bom, uma vez que a matéria com a qual trabalhamos é demasiado preciosa. Chamamos-lhes alunos, mas são pessoas e são filhos. Em educação, dentro das escolas, não existem ratinhos para fazermos experiências. Há então necessidade de compreender a realidade dos projetos de forma mais aprofundada para podermos escapar às “armadilhas do senso comum e do evidentemente” (Nóvoa, 2005).

Muitos dos projetos inovadores têm o grande mérito da (re)descoberta de caminhos que procuram chegar à singularidade do aluno introduzindo novas práticas, bem como a monitorização rigorosa das mesmas, levando (obrigando) os docentes a refletir (equipas de docentes reflexivas) frequentemente sobre a eficácia das metodologias e a apropriarem-se de mecanismos organizacionais que fomentem a diferenciação e a igualdade de oportunidades.

“As escolas precisam de se concentrar bem na sua missão de ensinar bem e de fazer aprender bem, incentivando as boas práticas profissionais, construindo compromissos partilhados de melhoria gradual, avaliando-os e corrigindo-os, ano a ano, com muito trabalho, de preferência integradas em redes colaborativas de entreajuda” (Azevedo, 2011: 119).

E ainda:
“Sugerimos, portanto, que a todos os níveis, se canalize uma boa proporção dos recursos destinados ao desenvolvimento dos docentes, não para workshops e ações de formação contínua, mas para a criação de oportunidades para os professores aprenderem uns com os outros, observarem-se mutuamente e desenvolverem redes de contactos entre si.” (Fullan e Hargreaves, 2001: 174).