| Segue-me como Miguel Rua |

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| Segue-me como Miguel Rua |2018. Seguir? Não! Queremos ser “livres”… Vivemos numa sociedade que grita individualismo, egoísmo, “cada um por si”, ausência de compromissos, a importância de afirmar o nosso “eu” sem ter em conta o dos outros. 

2018. Seguir? Talvez. Mas só se for virtualmente. No Facebook ou no Instagram. Sem ter de olhar verdadeiramente para alguém, olhos nos olhos. Podendo dizer tudo e nada ao mesmo tempo. Escondidos atrás de ecrãs de telemóveis ou de computadores, fingindo o que não somos, simulando imagens bonitas, ainda que plastificadas. Criticando quem está ao nosso lado sem sequer ouvir o que lhe vai no coração. Seguimos e somos seguidos. Virtualmente. E estamos sós.

Na verdade, sabemos que fomos feitos para ser felizes. É um desejo inscrito no coração. Está lá. Todos os dias. A todas as horas. Porém, a dificuldade da vida e a perceção de que o virtual não nos basta, faz-nos desesperar. Então, o que fazer?! Para onde e a quem seguir?! O que esperar?! Pensamos: “Um milagre! É disso que precisamos.”. Mas olhamos à nossa volta e parece que já não há milagres. Falam-nos de Jesus. De que O devemos seguir! Porém, afinal, onde está Jesus? Não era suposto vir para nos ajudar? Que tal fazer algo de verdadeiramente extraordinário?

Sim, é difícil. Nem todos estamos suficientemente ATENTOS. Dá trabalho! E, na verdade, Jesus está lá sempre e os milagres estão mesmo aqui, ao nosso lado. Também dependem de nós e de como queremos olhar para nós mesmos, para o outro e para o mundo. De facto, se formos verdadeiros connosco próprios, não temos como não seguir. Porque seguir é olhar nos olhos do outro, partilhar com ele o caminho do Sol e libertarmo-nos dos carris que nos cortam a capacidade de ser felizes. 

Seguir. Ser fiel aos nossos sonhos. Ter em conta as circunstâncias, mas também a esperança da mão de Deus. Arriscar e propor fazer tudo a meias, com a esperança de que o outro diga “Sim!”, como nos ensinam D. Bosco e Miguel Rua. De facto, para Miguel Rua, seguir não há de ter sido sempre fácil. O sonho de D. Bosco há de, certamente, ter-lhe parecido muito grande. Na sua humana pequenez, há de ter pensado muitas vezes que não seria capaz de ajudar D. Bosco, muito menos de ficar no seu lugar. Há de ter desejado virar as costas ao desafio de educar os rapazes pobres e rebeldes à sua volta… É importante recordar que, em Turim, muitos destes jovens, sem família, nem educação, nem trabalho, acabavam por praticar atos de delinquência, indo parar à prisão. Miguel Rua há de ter desejado não se deixar surpreender por nenhum deles ou pela forma como D. Bosco os olhava. Pensar que não valia a pena. Não sonhar. Fechar a porta ao milagre. Contudo, Miguel soube ver em D. Bosco a sua lanterna. E, quando o amanhã chegou, as dificuldades não desapareceram, mas, certo do amor de Jesus, foi sempre possível recomeçar. Recomeçar e saber escolher. Nos passos pequenos como nos grandes. No momento de aceitar ir estudar com D. Bosco e naquele em que foi chamado a levar os Salesianos ao mundo inteiro.

Porque, com Miguel Rua, aprendemos que o modo como acolhemos a novidade depende de cada um de nós, optando por ter um olhar preconceituoso ou que sabe abraçar. “A grandeza não está em ser forte, mas no correto uso dessa força. Será grande aquele cuja força inspirar mais corações pelo apelo do seu próprio coração.” (Henry Ward Beecher). E foi esta grandeza que D. Bosco viu em Miguel Rua desde o início. A grandeza que fez com que, hoje, todos nós pudéssemos estar aqui, nos Salesianos de Lisboa, antigas Oficinas de S. José, fundadas em 1896. Uma escola de artes e ofícios, que seguia o sonho de D. Bosco de ajuda aos rapazes mais pobres, que redescobriam a dignidade, através do ensino e da aprendizagem de uma profissão. Uma de entre tantas comunidades espalhadas pelo mundo, que nasceu da capacidade de D. Rua dizer “Sim!”, para que, ao longo dos anos, outros o pudessem continuar a fazer, até aos dias de hoje, com o X sucessor de S. João Bosco.

Gratos pela existência dos Salesianos, tantos anos passados, podemos dizer que a obra de D. Bosco, continuada por Miguel Rua, ainda faz sentido para nós porque os jovens continuam a necessitar de pessoas a quem seguir, que saibam aceitá-los tal e qual como são para não desistirem dos seus sonhos!

E, por isso, tendo a graça de poder crescer no seio desta obra salesiana, afirmamos, confiantes, que somos verdadeiramente felizes quando seguimos! 

Professoras Ana Pires, Carla Pinto e Ana Filipa Matias | Professoras


SINTO-ME FELIZ QUANDO SIGO…

Testemunhos do 7.ºA:
“o exemplo de alguém que sei que faz bem ao mundo!”
“as pisadas da minha família e os deixo orgulhosos.”
“os meus objetivos e os concretizo.”
“os meus sonhos!”
“um caminho que me recompensa pelo meu esforço.”
“o bom caminho!”
“as pegadas da minha família.”
“Jesus!”

Testemunhos do 8.ºA:
“quem me ajuda e quer o melhor para mim.”
“as decisões mais corretas, mesmo que sejam as mais difíceis.”
“o «som» das gargalhadas partilhadas com os meus amigos e familiares e sinto que ultrapassei os piores momentos.”
“o melhor caminho para mim e para os outros.”
“as boas memórias que tenho da minha avó e a sua força para vencer as situações difíceis.”
“o percurso que me leva a Deus.”
“os meus pais e os deixo orgulhosos.”
“quem eu sei que é verdadeiramente feliz!”

Testemunhos do 9.ºA:
“os melhores exemplos.”
“o coração de Jesus.”
“os passos da minha família.”
“o caminho certo.”
“o que eu acredito.”
“a luz de Jesus pelo caminho do bem.”
“as pessoas que me ajudam a ultrapassar as maiores dificuldades.”
“o que o coração me diz.”