No sábado passado juntaram-se no auditório 1 pais, colegas, professores, irmãos e amigos para assistirem à apresentação dos Solos e Monólogos.
Apesar de ser sempre possível ver por de trás dos trabalhos apresentados parte da natureza da pessoa que os apresenta, o momento em que pisamos o palco é fruto de tantos outros momentos em que nos debatemos com o texto, a música ou a coreografia que iremos partilhar, e que acabam por ficar escondidos do público. Por debaixo daqueles curtos minutos de concentração estão muitos outros minutos em que tentámos perceber o que é que estávamos a fazer com aquele trabalho. Desde que nos decidimos por um certo tema até nos abrirmos a estas pessoas houve espaço para muitas dúvidas, mas assim é que deve ser.
Porque os Solos e Monólogos são isso, são um espaço para erros, confusões, experiências, trabalho de grupo e auto-descoberta. Acho que, frequentemente, as nossas apresentações e a maneira como as desenvolvemos dizem mais sobre nós do que nós algumas vez seríamos capazes de dizer. Não é que seja tudo suor e lágrimas, também há nessa fissura de tentativa e erro tempo para nos rirmos, brincarmos e o bom humor costuma, felizmente, conseguir dominar o nervosismo que antecede a entrada em cena. Mesmo assim, é um privilégio, enquanto pessoas em desenvolvimento, ter este espaço em que as regras do dia-a-dia desaparecem e podemos expressarmo-nos como quisermos, resguardados pela máscara da personagem.
A maior felicidade, para além das palmas, é quando nos vêm dizer que a tia, o primo, o irmão de cinco anos, a avó, gostaram daquilo que fizemos, ainda mais, que se lembram do que fizemos, que os conseguimos marcar de alguma maneira. Se calhar, umas horas depois acabaram por se esquecer do que tinham sentido nessa manhã, só que, nem que seja por uns minutos, cativámos a sua atenção, dirigindo os seus pensamentos para um sítio ou tempo específicos e, de repente, numa mistura estranha e inconsciente, fomos todos transportados para um espaço onde vivem essas histórias que queríamos contar.
Concluindo, espero que continue a haver muitas apresentações como esta, tanto a nível artístico como a nível humano, pois penso que tão satisfatório quanto ser elogiado, é poder sentir o apoio e felicidade pura que emanam daqueles que nos “elogiam” através dos seus atos de simpatia, nos bastidores, e ser também fonte de motivação para o resto do grupo.
Isabel Cymbron de Brito | 9H
No dia 24 de Fevereiro, no Auditório 1 dos Salesianos de Lisboa, um grupo de alunos do Teatro Musical, Dança e Acting, apresentou vários solos dançados de autoria própria, solos cantados e monólogos feitos com bastante expressividade.
Durante o 1º Período e parte do 2º Período, todos estes alunos ensaiaram cada apresentação com muita dedicação afim, de serem escolhidos para o apresentarem neste dia.
Beatriz Santos | 8H
Depois do ensaio geral, todas nós fomos para os bastidores e começamos a prepararmo-nos para o grande espetáculo. Apesar dos nervos e do entusiasmo, orientamo-nos como se aquele fosse um dia como qualquer outro.
Por 2 horas, as luzes iam brilhando com todas as cores, enquanto vários pequenos atores, cantores e dançarinos talentosos realizavam as suas atuações incríveis ao som das mais maravilhosas musicas.
E, no meio de risadinhas nervosas, palavras de encorajamento, momentos de tensão, de reflexão e de concentração, todas vamos a palco, uma última vez, para agradecer por aquele momento. O nosso momento. Que ficou marcado eternamente.
Laura Manso | 9E