Parabéns, Lourenço!
O Lourenço Dias do 5.º E foi um dos alunos que aceitou o desafio lançado pelos professores de Português do segundo ciclo para viver a sua primeira aventura literária e encheu-nos de orgulho!
Na quarta-feira, dia 16 de maio, foi com enorme satisfação que recebemos um agradável e-mail, do qual partilhamos o seguinte excerto:
“Ex.mo (a) Sr.(a) Professor(a)
A Editorial Caminho tem o prazer de informar que ao trabalho do aluno Lourenço Maria de Souza e Menezes Dias foi atribuído o 2.º Prémio ex-aequo, no ciclo de escolaridade a que pertence, na modalidade de Texto Original no Concurso Uma Aventura… Literária 2018. Muitos parabéns!
[…]
Felicitamos o aluno e a escola pela qualidade do trabalho, que encantou o júri, e agradecemos a todos os professores que, com dedicação e empenho, fazem deste concurso o maior do género em Portugal. […]”
Obrigada, Lourenço!
Susana Silva Lopes | Professora de Português
Uma viagem ao castelo perdido
Todos os anos, pela altura das férias do Natal, o mais famoso trio de jovens aventureiros encontrava-se na colónia de férias da aldeia dos seus avós para viver grandes aventuras. Esse trio era formado por Pedro, um rapaz alto e magro, de cabelo preto e olhos azuis; Madalena, a mais bonita e esperta rapariga que alguém podia conhecer e Miguel, o mais trapalhão e gorducho do grupo.
Naquele ano não foi exceção e, finalmente, estava a chegar o dia mais esperado por todos: o dia de irem para a colónia. Miguel e os amigos mal conseguiam dormir devido a tanto entusiasmo.
O dia que todos aguardavam chegou e, já no local onde iam acampar, uma floresta junto à aldeia, o trio foi divertir-se com pequenas atividades, até que ouviram uma voz.
― Venham arrumar as vossas coisas! ― chamou uma das professoras.
Depois de tudo organizado, os campistas foram reunir-se à volta de uma fogueira a ouvir histórias da aldeia.
Uma das histórias era sobre um velho mito, relacionado com um castelo abandonado no qual se dizia que existiam dragões. Ninguém acreditou e já era tão tarde que alguns acharam que estavam a sonhar.
No dia seguinte, todos os campistas e professores foram fazer a atividade principal: apanhar o lixo deixado nas matas.
Pedro, Madalena e Miguel estavam quase a acabar a sua tarefa, quando uma forte tempestade tapou de neve toda a aldeia e eles perderam-se dos restantes colegas.
Caminharam sem saber para onde iam e, no meio da floresta, fria e assustadora, avistaram um castelo muito parecido com o da história da noite anterior. Como a tempestade continuava, resolveram entrar no castelo para se abrigarem.
― Estão bem? ― perguntou Pedro.
― Eu estou, mas não sei se o Miguel está … ― comentou Madalena.
― Eu não estou bem, ― declarou Miguel a tremer ― estou com neve em todas as partes do corpo.
― Bem… Já que a tempestade continua, vamos explorar este local ― propôs Madalena.
Apesar de receosos, lá foram eles castelo adentro.
Madalena reparou que, logo na entrada, havia um cabide bastante solto e decidiu puxá-lo. De repente, surgiu uma porta que revelou uma divisão secreta.
Madalena chamou os companheiros e decidiram entrar. Já dentro da sala, repararam noutra porta e dirigiram-se a ela, mas, ao aproximarem-se, depararam-se com algo inacreditável: esta estava a ser protegida por um gigantesco e feroz dragão… Para sua sorte, o dragão estava a dormir um sono profundo.
Miguel pensou logo em fugir, mas Pedro impediu-o dizendo:
― Somos verdadeiros aventureiros ou não? O que está naquela sala deve ser precioso. Para lá chegar só temos de passar pelo dragão com cuidado para não o acordar.
― É mais fácil dizer do que fazer! ― disse Miguel, amedrontado.
― Não discutam, ainda acordam o dragão… ― murmurou Madalena irritada e acrescentou ― Vamos! Não aguento de curiosidade!
Pedro foi primeiro a aventurar-se e passou pelo dragão sem problema. Depois, foi a vez de Madalena que estava muito nervosa, mas acabou
por passar pelo dragão com mais facilidade do que pensava.
Quando chegou a vez de Miguel, este estava muito receoso e, ao passar perto da fera, tropeçou, dando-lhe um pontapé.
O dragão, acordou furioso e quase os ia queimando, pois o seu pequeno bocejo transformou-se numa grande bola de fogo. Ao mesmo tempo, ouviram-se enormes explosões: BOOM! BOOM!
Nesse momento, quem também acordou bastante assustado foi o Miguel… Afinal, estava na sua tenda… Toda aquela aventura tinha sido um sonho e as “explosões” eram apenas o “despertador” do acampamento.
Lourenço Dias | 5E