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Miguel Miranda, Emília Dias e Madalena Rita Por um lado, foi uma viagem muito dura. Não por ter sido excessivamente cansativa ou que algo tenha corrido mal, mas no sentido em que estivemos a experienciar, em primeira pessoa, uma cidade com um passado muito impactante. Berlim foi o epicentro da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria. Viagem a Berlim… O tão esperado acontecimento quando escolhemos o curso de Ciências Sócioeconomicas, agora finalmente realizado! De tudo aconteceu nesta viagem. Contudo, prefiro destacar o que observámos e aprendemos sobre vários temas que nos eram familiares das aulas de história e economia, mas que conseguimos aprofundar e observar na realidade, os momentos de lazer tão característicos destas viagens e a ligação que se criou entre um grupo de pessoas – mais ou menos conhecidas entre si – mas que ficará sempre ligado por ter vivido junto esta aventura! Por fim, lembrar também o papel que os professores tiveram nesta viagem, pelo qual ficarão para sempre associados a estes momentos! Miguel Miranda | 11E3 A ida a Berlim foi algo muito esperado por todos há já bastante tempo. Desde a entrada no secundário que nós, alunos, ouvíamos falar das lendárias visitas de estudo do 11º. ano e mal podíamos esperar para que chegasse a nossa vez. Com o covid, a ânsia de que essa viagem fosse possível só se tornou mais presente e todos nos sentimos radiantes quando, numa aula de História da Cultura e das Artes, o professor nos confirmou que, daí a uns meses, iríamos estar a aterrar em Berlim. Os alunos de Artes Visuais, de Humanidades e de Economia do 11º. ano fizeram as malas e preparam-se para uma das viagens mais marcantes das suas vidas. Por um lado, foi uma viagem muito dura. Não por ter sido excessivamente cansativa ou que algo tenha corrido mal, mas no sentido em que estivemos a experienciar, em primeira pessoa, uma cidade com um passado muito impactante. Berlim foi o epicentro da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria. As consequências disso ainda se fazem sentir por todos os recantos da cidade. A visita ao campo de concentração de Sachsenhausen, ao Museu da Topografia do Terror, ao Cold War museum, ao Bunker Unterwelten e, especialmente, a visita ao Memorial das Vítimas do Holocausto foram momentos da viagem que nos marcaram bastante. A perceção daquilo que foi uma catástrofe humanitária do século XX é algo que deixa qualquer pessoa a refletir sobre o mundo, a sociedade e a sua própria vida. Por outro lado, momentos de descontração e brincadeira também não faltaram! Devido à boa dinâmica do grupo, estes eram bastantes o que, a meu ver, acrescentou muito à viagem. Tanto os alunos, como os professores e o guia cooperaram para que esta visita fosse a melhor possível e para que o equilíbrio entre momentos de estudo e momentos de diversão proporcionasse uma experiência agradável a todos. O grupo que se juntou para esta viagem era composto de pessoas realmente muito interessantes e diferentes que acrescentaram, cada um à sua maneira, contributos especiais à viagem. Deste modo, gostaria de deixar um especial agradecimento aos professores que nos acompanharam a Berlim. Foram peças importantes para esta viagem e há que ter em consideração que, em tempo de férias, escolheram acompanhar-nos numa viagem de estudo. As suas aulas no cenário também foram completamente imbatíveis, visto que estar no próprio local a aprender não tem comparação com as aulas que temos na escola. Assim, gostaria também de agradecer à escola esta oportunidade e a preocupação que demonstra para com os alunos e a sua aprendizagem durante o percurso escolar. Estas viagens conferem-nos, não só competências a níveis técnicos e formais, mas também competências ao nível humano, ao nível de coração, visto que são “aventuras” que nos exigem um certo nível de maturidade e responsabilidade e nos fazem crescer enquanto pessoas. Para além disto, gostaria também de destacar a visita à Cúpula de Reichstag, ao Erlebnis Europa e ao Bauhaus Archiv, que acabaram por ser as minhas favoritas. Na visita ao Erlebnis Europa tivemos a oportunidade de conversar com um jornalista do parlamento Europeu. Tivemos uma pequena apresentação sobre a História da União Europeia, seguida de uma sessão de dúvidas que acabou por se transformar numa conversa menos formal sobre o que era o dia a dia de alguém cuja profissão se relaciona com a UE. A visita ao Bauhaus Archiv foi uma atividade dirigida aos alunos de Artes Visuais, que aproveitaram todos os segundos de explicação do professor e que tiveram a oportunidade de se maravilhar com o design intemporal e tão característico da Bauhaus. Dito isto, o balanço geral que posso retirar da Viagem a Berlim’23 foi que teve um impacto muito positivo em nós, não só como estudantes, mas como seres humanos em desenvolvimento. Sinto-me mesmo muito grata por ter me ter sido proposta esta atividade. Aconselho todos os que tiverem a oportunidade de, no futuro, participar em viagens de âmbito escolar a fazerem-no sem receio, pois são memórias que ficam para sempre e é uma chance realmente única de ter uma aula um bocadinho diferente. Emília Dias | 11A1 Entre 20 e 23 de fevereiro, tive a grande oportunidade, por parte dos Salesianos de Lisboa, de participar numa viagem única a Berlim. A viagem procurava abordar essencialmente três aspetos importantes: a História alemã, a História dos judeus na Alemanha e o capítulo do nazismo com as suas implicações em relação à guerra militar e à guerra contra os judeus da Alemanha, para além da 2ª Guerra Mundial e do período da Guerra Fria. Se tivesse que escolher o que mais gostei de visitar, seria, sem dúvida, o Bunker Unterwelten. Para além de ter sido uma visita extremamente enriquecedora em termos históricos, foi também uma visita bastante dinâmica que nos mostrou diretamente o palco dos acontecimentos da época. Adicionalmente, gostaria também de referir a nossa visita ao campo de concentração de Sachsenhausen. Logo no primeiro dia completo em Berlim, tivemos a oportunidade de ir a este campo de concentração que fica a cerca de 30 minutos de carro/autocarro da capital. Era um campo de trabalhos forçados que esteve ativo entre 1936 e abril de 1945. Recebeu este nome, devido à região onde se localizava. Foi a primeira de uma série de instalações construídas pelos nazis, para confinar ou liquidar em massa opositores políticos, judeus, ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, e, posteriormente, dezenas de milhares de prisioneiros de guerra. Adorei esta viagem…porque, para além de ter concretizado um destino de sonho, visitei locais magníficos, fiz amizades novas para a vida e cresci como pessoa. As reflexões da viagem fizeram-me dar mais valor ao agora, à vida como um todo e, em particular, aos amigos e família. Posso agora, orgulhosamente citar o antigo presidente dos EUA, John Fitzegarld Kennedy, “ Ich bin ein berliner”. Madalena Rita | 11H1