Maria Ana Amaral “Eu sonhava com esta viagem desde o sétimo ano, altura em que percebi que ir ao CERN era um dos meus maiores desejos, porque queria seguir Ciências e Tecnologias quando chegasse ao secundário. Assim, esta foi uma experiência que não desiludiu, atingindo todas as expectativas possíveis e imaginárias.” No passado dia 20 de fevereiro, tive a oportunidade única e imprescindível de ir à Suíça numa visita de estudo, juntamente com os colegas da minha área e com quatro professoras de Física e Química A. Eu sonhava com esta viagem desde o sétimo ano, altura em que percebi que ir ao CERN era um dos meus maiores desejos, porque queria seguir Ciências e Tecnologias quando chegasse ao secundário. Assim, esta foi uma experiência que não desiludiu, atingindo todas as expectativas possíveis e imaginárias. Partimos, então, com destino a Genebra, pela manhã de segunda-feira. O entusiasmo de todos era palpável à medida que nos aproximávamos da segunda viagem mais antecipada de toda a nossa escolaridade (menção honrosa à viagem a Cabo Verde), e apenas se adensou durante o curto voo. Ao aterrarmos, partimos para Lausanne e Montreux, ambas cidades lindas, mas o que mais se destacou nesta viagem foi, como seria de esperar, a nossa visita ao CERN. Deste modo, focar-me-ei nesse dia espetacular. Depois de sairmos do hotel e de apanharmos o elétrico para o maior acelerador de partículas do mundo, no dia 22, chegámos por volta das 10 horas. De seguida, fomos encaminhados para uma sala, onde nos foi feita uma pequena introdução ao que iríamos ver naquele dia, por um senhor que, segundo ele, apenas trabalhava na parte da informática. Nesta apresentação, foram abordados diversos temas, tais como partículas subatómicas, antimatéria e matéria negra, todos aspetos que são estudados no CERN. Após esta pequena palestra, tivemos a chance de ver o acelerador LEIR (Low Ernergy Ion Ring) e aprender como é que este funcionava, com a ajuda de um guia português que se tinha voluntariado para nos acompanhar. Desta forma, com o auxílio do que já havíamos aprendido nas aulas de Física e Química, passámos a perceber um pouco melhor um dos milhares de aspetos da Física de Partículas que se estuda neste laboratório. Após vermos o LEIR, aprendemos, também, sobre a forma como a informação é guardada e analisada no CERN, concluindo o dia com uma visita ao museu do laboratório, que é muito interativo e que explica temas complexos de uma forma acessível e envolvente. Assim, consigo dizer que cheguei ao hotel, nessa noite, com um maior entendimento do CERN e do que lá se estuda e, além disso, com memórias que me serão queridas para o resto da vida. Deste modo, a viagem à Suíça foi um sucesso inesquecível, não só por causa das inúmeras novas amizades feitas, mas também porque, ao aprender sobre Física num dos maiores laboratórios do mundo, esta visita deu-me um sentido e um propósito para o futuro. Maria Ana Amaral 11T1