Visita à Casa Fernando Pessoa

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Francisco Pinheiro No dia 27 de setembro, fomos à Casa Fernando Pessoa. De tão grande que era, vimos quase tudo o que há para explorar sobre a biografia de Fernando Pessoa, desde as suas relações pessoais, ao seu trabalho literário e até à sua biblioteca pessoal (com uns invejáveis cerca de mil e trezentos livros). Começámos a visita pelo museu no piso mais alto, na parte dedicada ao trabalho literário de Fernando Pessoa (ortónimo e heterónimos). Tivemos a oportunidade de ver o que o poeta escrevia nos seus primeiros anos de atividade, como as notícias de jornais fictícios que a mãe lhe encomendava e os poemas de “Chevalier de Pas (o “Cavaleiro de Nada”), um dos seus primeiros heterónimos. Nesta secção, acabámos na biografia dos heterónimos mais conhecidos de Pessoa, incluindo um que era apenas semi-heterónimo, Bernardo Soares, que surgiu apenas como uma manifestação de alguns episódios de melancolia do poeta. De seguida, visitámos a sua biblioteca privada, uma parte significativa dos 1300 livros. Nas prateleiras, havia tantos se não mais livros em inglês do que em português, o que faz sentido depois de sabermos o conforto que Pessoa tinha no inglês depois de passar uma grande parte da sua infância e juventude a usar esta língua, em Durban. Por fim, chegámos, efetivamente, àquela que foi a última casa de Fernando Pessoa, onde viveu com a sua irmã e respetiva família e onde seria encontrado inconsciente horas antes da sua morte prematura. Toda a casa é um espaço com evocação de memórias do poeta, como uma réplica da arca onde guardou muitos dos seus trabalhos e um papel com a sua última frase escrita: “I know not what tomorrow will bring”. Posso dizer que estou extremamente grato pela oportunidade de termos feito esta visita e pela ajuda que nos foi dada por parte dos professores e dos guias. Foi uma maneira muito interessante de começarmos a falar daquele que é talvez a maior figura da literatura portuguesa. Francisco Pinheiro, 12.ºH