Margarida Soares, Ricardo Pereira e Maria Brito Foi numa madrugada de segunda, dia 20 de fevereiro, que 19 alunos, acompanhados de 2 professores e uma representante da agência de viagens, partiram no voo 578 da TAP, com destino a Frankfurt. Ao chegar ao avião, o entusiasmo da viagem transformou-se em preocupação para conseguirmos ficar ao lado de quem queríamos, entre todos os lugares comprados e reservados por outras pessoas. Apesar da duração do voo ter sido aproximadamente 2 horas, o tempo passou (literalmente) a voar, e rapidamente estávamos a aterrar no aeroporto de Frankfurt. Após uma pausa, para que pudéssemos comprar algo para enganar a fome, dirigimo-nos até ao autocarro que nos iria levar para o hotel. Rapidamente pudemos ter o nosso primeiro contacto com a beleza desta cidade, que nos recebeu com um dia cheio de sol e uma temperatura agradável. Deixámos as malas no hotel, que tinha vista para o rio, e fomos para a nossa primeira atividade planeada: o museu de história natural, onde muitos recordaram e confirmaram aquilo que tinham aprendido nas aulas Ciências e Biologia. Aí, pudemos encontrar de tudo: desde um fóssil completo de um dinossauro até a um coração de baleia, tendo passado inclusive por um diamante incrustado numa rocha. Dentro do grupo, uns olhos captavam os pormenores dos prédios e das ruas, outros a conversa que se formava pelo caminho, e outros refletiam a felicidade sentida em estar a viver tal experiência. E foi precisamente num abrir e fechar de olhos que o sol se pôs. Durante esses breves minutos, tivemos o privilégio de poder subir à ponte pedestre, que ligava ambos lados do rio, para apreciar a beleza do crepúsculo que se mostrava mesmo à nossa frente. Seguidamente, após uma visita à catedral, deitámos o olhar pela rua principal, “Zeil”, pela primeira vez, podendo depois ir em busca de um restaurante à nossa escolha para jantar. Já era noite cerrada, chegámos cansados, mas felizes, ao hotel. Mesmo perante o voo e toda a logística do dia anterior, na manhã de dia 21 o alvorar foi cedo, dado que tínhamos visita marcada em Heidelberg, uma vila a 1h de viagem de Frankfurt. De modo a chegar perto do castelo antigo que iríamos visitar, o grupo viajou ainda num Funicular, fazendo a conexão entre a vila e o ponto histórico. Após termos sido recebidos por um alemão provido de humor e do típico estilo do país, aprendemos sobre a história desse castelo que pertencera ao Emperador Ludwig. Apesar de já só restarem ruínas da imponente construção que ali havia existido, foi incrível a maneira como o nosso guia nos possibilitou visualizar aquilo que já era invisível: desde os mais de 40 canhões nas muralhas aos episódios de romantismo de um príncipe. Tal como o guia afirmou no início da visita, “Aqui já não há nada, preciso da vossa ajuda para que vejam aquilo que vos contar”. E assim o dia se passou, nesta vila linda e modesta onde, embora a grande atração fosse o castelo, seria até desrespeitoso da nossa parte não referir o ambiente agradável e calmo de aldeia, que em tudo contrastava com a metrópole. De volta a Frankfurt, jantámos ainda num restaurante no centro que serve comida típica. Após uma “Schnitzel” acompanhada de salada e, como sobremesa, um gelado caseiro, andámos pela margem do rio em direção ao hotel. Os momentos passados a aprender eram, sem sombra de dúvida, bastante interessantes e divertidos. Todavia, não podemos omitir o contentamento e bem-estar trazido por estes pequenos instantes, tão simples como um andar pelo rio enquanto se conversava livremente, com um descanso na mente por não termos preocupações, e um conforto por estarmos com quem gostamos. No dia seguinte, todos acordámos com muito mais energia, ou a possível para as 6 da manhã, e fomos até ao autocarro que nos levaria para a ESA, a razão principal da viagem. Porém, um imprevisto aconteceu, tendo sido impossível tanto ter o número de pessoas previsto para nos acompanharem, como visitar o interior da ESA. Assim, ficámo-nos apenas por um laboratório experimental a umas ruas de distância. Não obstante, mesmo apesar de não ter sido o esperado, conseguimos ganhar novos conhecimentos e experiências importantes para o nosso percurso escolar. Ao entardecer, visitámos ainda o Museu de Arte Moderna, onde nos deparámos com obras cuja beleza residia não tanto na complexidade da mesma, sendo a possibilidade de diferentes interpretações por parte de cada um de nós aquilo que as tornava especiais. Apesar de ter sido uma experiência algo peculiar, todos apreciaram este museu à sua maneira. 23 de fevereiro foi o nosso dia de partida. Contudo, como o voo era só às 17, conseguimos ainda queimar os últimos cartuchos nesta querida cidade. Fomos ao museu “Städel”, de arte moderna, contemporânea e antiga. No final desta visita, passámos pela rua principal, que, entretanto, já conhecíamos ao pormenor das vezes que lá andámos, com o intuito de almoçar rapidamente. E algumas horas depois, lá estávamos nós no mesmo aeroporto em que tínhamos aterrado menos de 76 horas antes, prontos para descolar. À medida que o motor do avião ia começando a trabalhar e que sentíamos o alcatrão da pista a passar sobre as rodas, as memórias destes dias eram relembradas e guardadas no nosso coração. E já lá bem alto, dissemos um último adeus às ruas, à simetria das casas, e à beleza daquele lugar que nos acolheu e proporcionou momentos que guardaríamos durante toda a nossa vida. Margarida Soares 11T6 | Ricardo Pereira 11T4 A viagem realizada à Alemanha, Frankfurt, com o intuito e principal objetivo de visitar a ESA foi, na minha opinião, bem sucedida. De facto, achei que as atividades de todos os dias estavam bem planeadas e organizadas, havendo sempre também alternativas caso não houvesse tempo para ir a um certo lugar. Além disso, creio que a intenção de visitar a ESA foi cumprida, mas achei que podíamos ter pelo menos conseguido entrar num dos edifícios principais ou visitar a loja. De qualquer das maneiras, a visita foi muito dinâmica, a organização excelente e não me arrependo da escolha que fiz. Voltaria a repetir a experiência! Maria Brito 11T4